sábado, 25 de julho de 2009

Um pouco de esperança.

Não da nem para acreditar que se trata de um presidente latino!!!!

Reflexão Ideológica
Quem conhece ou já oviu falar de Oscar Arias, premio nobel da paz e presidente da Costa Rica, mediador da questão hondurenha a mando da OEA ?Segue a seguir o que ele falou recentemente diante de todos presidentes das Américas...


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Palavras do Presidente Oscar Arias da Costa Rica na Cúpula das Américas em Trinidad e Tobago, 18 de abril de 2009"ALGO HICIMOS MAL" = "FIZEMOS ALGO ERRADO "Tenho a impressão de que cada vez que os países caribenhos e latinoamericanos se reúnem com o presidente dos Estados Unidos da América, é para pedir-lhe coisas ou para reclamar coisas. Quase sempre, é para culpar os Estados Unidos de nossos males passados, presentes e futuros. Não creio que isso seja de todo justo.Não podemos esquecer que a América Latina teve universidades antes de que os Estados Unidos criassem Harvard e William & Mary, que são as primeiras universidades desse país. Não podemos esquecer que nesse continente, como no mundo inteiro, pelo menos até 1750 todos os americanos eram mais ou menos iguais: todos eram pobres.Ao aparecer a Revolução Industrial na Inglaterra, outros países sobem nesse vagão: Alemanha, França, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e aqui a Revolução Industrial passou pela América Latina como um cometa, e não nos demos conta. Certamente perdemos a oportunidade.Há também uma diferença muito grande. Lendo a história da América Latina, comparada com a história dos Estados Unidos, compreende-se que a América Latina não teve um John Winthrop espanhol, nem português, que viesse com aBíblia em sua mão disposto a construir uma Cidade sobre uma Colina, uma cidade que brilhasse, como foi a pretensão dos peregrinos que chegaram aos Estados Unidos...Faz 50 anos, o México era mais rico que Portugal. Em 1950, um país como o Brasil tinha uma renda per capita mais elevada que o da Coréia do Sul. Faz 60 anos, Honduras tinha mais riqueza per capita que Cingapura, e hoje Cingapura em questão de 35 a 40 anos é um país com $40.000 de renda anual por habitante. Bem, algo nós fizemos mal, os latinoamericanos.


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Que fizemos errado? Nem posso enumerar todas as coisas que fizemos mal.Para começar, temos uma escolaridade de 7 anos. Essa é a escolaridade média da América Latina e não é o caso da maioria dos países asiáticos.Certamente não é o caso de países como Estados Unidos e Canadá, com a melhor educação do mundo, similar a dos europeus. De cada 10 estudantes que ingressam no nível secundário na América Latina, em alguns países, só umtermina esse nível secundário. Há países que têm uma mortalidade infantil de 50 crianças por cada mil, quando a média nos países asiáticos mais avançados é de 8, 9 ou 10.Nós temos países onde a carga tributária é de 12% do produto interno bruto e não é responsabilidade de ninguém, exceto nossa, que não cobremos dinheiro das pessoas mais ricas dos nossos países.Ninguém tem a culpa disso, a não ser nós mesmos.Em 1950, cada cidadão norteamericano era quatro vezes mais rico que um cidadão latinoamericano. Hoje em dia, um cidadão norteamericano é 10 15 ou 20 vezes mais rico que um latinoamericano. Isso não é culpa dos Estados Unidos, é culpa nossa.No meu pronunciamento desta manhã, me referi a um fato que para mim é grotesco e que somente demonstra que o sistema de valores do século XX, que parece ser o que estamos pondo em prática também no século XXI, é umsistema de valores equivocado. Porque não pode ser que o mundo rico dedique 100.000 milhões de dólares para aliviar a pobreza dos 80% da população do mundo "num planeta que tem 2.500 milhões de seres humanos com uma renda de $2 por dia" e que gaste 13 vezes mais ($1.300.000.000.000) em armas e soldados.

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Como disse esta manhã, não pode ser que a América Latina gaste $50.000 milhões em armas e soldados. Eu me pergunto: quem é o nosso inimigo? Nosso inimigo, presidente Correa, desta desigualdade que o Sr. aponta com muita razão, é a falta de educação; é o analfabetismo; é que não gastamos na saúde de nosso povo; que não criamos a infraestrutura necessária, os caminhos, as estradas, os portos, os aeroportos; que não estamos dedicando os recursos necessários para deter a degradação do meio ambiente; é a desigualdade que temos que nos envergonha realmente; é produto, entre muitas outras coisas, certamente, de que não estamos educando nossos filhos e nossas filhas.Vá alguém a uma universidade latinoamericana e parece no entanto que estamos nos anos sessenta,setenta ou oitenta. Parece que nos esquecemos de que em 9 de novembro de 1989 aconteceu algo de muito importante, ao cair o Murode Berlim, e que o mundo mudou. Temos que aceitar que este é um mundo diferente, e nisso francamente penso que os acadêmicos, que toda gente pensante, que todos os economistas, que todos os historiadores, quase concordam que o século XXI é um século dos asiáticos não dos latinoamericanos.E eu, lamentavelmente, concordo com eles. Porque enquantonós continuamos discutindo sobre ideologias, continuamos discutindo sobre todos os "ismos" (qual é o melhor? capitalismo, socialismo, comunismo, liberalismo, neoliberalismo, socialcristianismo...) os asiáticos encontraram um "ismo" muito realista para o século XXI e o final do século XX, que é o *pragmatismo*.


Concluindo...
Para só citar um exemplo, recordemos que quando Deng Xiaoping visitou Cingapura e a Coréia do Sul, depois de ter-se dado conta de que seus próprios vizinhos estavam enriquecendo de uma maneira muito acelerada, regressou a Pequim e disse aos velhos camaradas maoístas que o haviam acompanhado na Grande Marcha: "Bem, a verdade, queridos camaradas, é que a mim não importa se o gato é branco ou negro, só o que me interessa é que cace ratos". E se Mao estivesse vivo, teria morrido de novo quando disse que "a verdade é que enriquecer é glorioso".E enquanto os chineses fazem isso, e desde 1979 até hoje crescem a 11%, 12% ou 13%, e tiraram 300 milhões de habitantes da pobreza, nós continuamos discutindo sobre ideologias que devíamos ter enterrado há muito tempo atrás.A boa notícia é que isto Deng Xiaoping o conseguiu quando tinha 74 anos.Olhando em volta, queridos presidentes, não vejo ninguém que esteja perto dos 74 anos. Por isso só lhes peço que não esperemos completá-los para fazer as mudanças que temos que fazer." Muchas gracias."

quarta-feira, 22 de julho de 2009

General Heleno: "Não ha nenhuma retaliação"



Por Defesa Brasil
30 de Março de 2009
BRASÍLIA - Depois de atuar como comandante da Missão das Nações Unidas no Haiti, a Minustah, e levantar questões polêmicas com relação à soberania brasileira na Amazônia e à política indigenista do país, o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira trocará de função mais uma vez, no próximo dia 6.
Comandante-geral militar da Amazônia desde 2007, Heleno ficará, agora, à frente do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, sediado em Brasília. No Haiti, ele coordenou militares de 13 países, nos anos de 2004 e 2005.
No comando militar da Amazônia, entrará o general Luís Carlos Gomes Mattos. Heleno afasta qualquer possibilidade de retaliação à sua conduta, com a substituição.
“Não há nenhuma retaliação, como já andaram falando aí, da minha saída. Eu estou indo para uma função de general de quatro estrelas, extremamente relevante. O meu substituto, que é o general Mattos, vai encontrar aqui um enorme trabalho para fazer e tem todas as condições para fazê-lo, de forma até mais competente do que eu fiz”, afirmou.
Em abril do ano passado, Heleno criticou o fato do governo transformar a faixa da fronteira norte do país em áreas indígenas. Ele também classificou a política indigenista do governo de “caótica”.
Na época, o general não se mostrou preocupado por estar criticando o governo e disse que o Exército serve ao Estado. Hoje, às vésperas de deixar o posto, ele mais uma vez fala sobre a Amazônia.
“A Amazônia brasileira é Brasil, é nossa, e não tem ninguém que deva ficar dando palpite na Amazônia. Nenhum país no mundo tem a moral para dar palpite em termos de conservação ambiental, preservação, não sei o quê”, disparou.
O general sempre reclamou por mais investimentos militares para a Amazônia, advertindo sobre as dificuldades enfrentadas pelos soldados que atuam na região.
“Completamente isolados de todas as facilidades, cercados de selva por todos os lados, alguns desses pelotões se valem do aproveitamento de água da chuva. Ora, nós estamos no século 21. Não é possível que, em um país rico como o Brasil, nós ainda tenhamos militares submetidos a um enorme sacrifício. Temos que investir para resolver esse problema”, observou.
Para Heleno, mais que armamentos modernos para defender a Amazônia, o mais importante é o efetivo humano. “A grande arma nossa na Amazônia é dispor do melhor combatente de selva do mundo. Cerca de 60% [dos militares que servem na região] são de origem indígena. Eles conhecem profundamente a selva e aproveitam a selva como ninguém”, disse.
Acostumado à rotina militar, sempre pautada por transferências e mudanças de cargo, Heleno não esconde que sentirá falta da função que desempenha. “Vou deixando uma boa parte do meu coração aqui na Amazônia, vivi intensamente o meu comando aqui, sinto aquela frustração de não ter feito tudo o que eu queria.”
Mas o general se adianta em falar da importância do Departamento de Ciência e Tecnologia, que comandará a partir do dia 6.
“Hoje não se pode falar em combate, em ações bélicas, sem nos reportarmos a um alto grau de ciência e tecnologia que envolve todos os equipamentos. Então, esse departamento é muito importante, porque ele cuida de toda a parte de comando e controle”, explicou. Segundo Heleno, essa é a 24ª troca de função pela qual ele passa na carreira militar.
Fonte: Agência Brasil e DCI, via Diário do Comércio